terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Casa dos Sonhos

Fiz essa história com uma amiga minha para participarmos de um concurso de histórias de terror. Nós não ganhamos, mas a nossa professora disse que nossa história ficou tão boa que teve duvida de que fomos nós mesmas que escrevemos. Não ficou muito terror, mas quero a opinião de vocês:

A Casa dos Sonhos


Nevada, Gardnerville, 17 de dezembro de 1995. Esta uma maravilhosa tarde de verão, Ammy e seu marido Tom chegam a tão esperada cidade com seu carro cheio de bagagens.

- Isso é estranho... – diz Ammy.

- O quê? – pergunta Tom arrumando a guitarra em suas costas.

- A cidade toda está fechada, em plena quarta feira. – diz Ammy.

- Não sabemos, deve ser feriado aqui hoje. – responde Tom

Eles continuam tirando suas coisas de dentro do carro e levando para a casa. Havia um estranho papel na casa, com um desenho a lápis de uma criatura estranha, mas não assustadora.

- O que será isso? – pergunta Tom.

- Se chama “Observador”. – responde um velho senhor morador da cidade. – Se eu fosse algum de vocês, iria embora desta cidade agora.

O homem se vira e vai embora. O casal se olha espantado, sentam na escola e começam a discutir sobre o que deveriam fazer: entrar ou voltar. Infelizmente, eles não têm muito tempo de pensar, começa uma gelada chuva e os dois são obrigados a entrar.  Logo que entram, a imagem do desenho na porta volta a suas mentes, mas logo colocam suas coisas no chão e procuram algo para comer.


- Quero sair daqui logo, querido... – diz Ammy.

- Mas acabamos de nos mudar. – diz Tom.

- Fiquei com medo desse lugar... – diz Ammy.

- Tudo bem, meu amor – diz Tom – iremos embora, mas terá que ser amanhã, está chovendo muito hoje.
Os dois vão dormir.  Ammy não quer dormir no escuro, então Tom acende duas velas e deixa uma em cômoda aos lados da cama. Ele abraça a esposa e os dois dormem, mas no meio da noite, Tom precisa acordar para ir à cozinha. Ele caminha até a cozinha e vê algo semelhante a um vulto, mas não liga, acha ser coisa do sono. Ele pega um copo com água e volta para o quarto. Quando ele vai colocar no criado mudo do seu lado da cama, o copo cai da sua mão.

- Droga! – diz Tom com um pouco de raiva – Comecei bem isso!

- Calma amor. Vou pegar um pano para secar o chão – diz Ammy se levantando.
Quando Ammy volta com o pano, vê seu maior medo ao lado de seu marido. Logo em seguida, dá um grito. Tom olha assustado para ela.

- O que houve, Ammy? – pergunta Tom.

- Tem um palhaço ao seu lado!  - diz Ammy chorando.
Tom sabe do medo de palhaços de sua esposa, resultado de um trauma de infância.

- Meu amor, não tem nada ao meu lado, vou te proteger de tudo, lembra-se?
Tom olha para Ammy ainda chorando e soluçando, mas logo suas lagrimas se transformam em gotas de sangue. Tom olha fixo para ela enquanto feridas se abrem em seu rosto.  Ele corre se afastando, ela pergunta o que há, e ele responde aos gritos sobre os ferimentos em seu rosto. Ammy se olha no espelho ao seu lado e nada vê, mas quando se vira vê um vulto perto de seu marido, ele também passa a ver a estranha criatura.

- O que é você!? – pergunta Tom.

- Sabe a resposta, não sabe? – disse a criatura – Sou o Observador, vejo seus maiores medos através do desenho em sua porta e transformo em realidade até enlouquecer todos que vem para aqui dentro.
Ammy anda até onde está a guitarra de seu marido, segura o braço da guitarra e lá fica parada, só olhando aquela estranha criatura.

- Vá embora! – grita Tom – Não ficaremos aqui! Vamos embora de manhã, não tem porque nos torturar!

- Já entraram na minha casa – diz Observador – não poderão mais sair daqui com sanidade.  Já pude perceber o medo dos dois, o da sua esposa é completamente irracional, mas o seu é curioso. O medo de perdê-la. Pode se ver o amor que tem por ela. Já que não posso sair deste lugar, vou me divertir à custa desses medos.

A criatura vai em direção a Tom, mas nesse momento Ammy agarra a guitarra e vai em direção ao Observador.

- Não chegue perto do meu marido! – diz Ammy enquanto bate com a guitarra na nuca da criatura, que cai desmaiada no chão.

Ammy agarra a mão de Tom e o puxa para fora da casa. Os dois respiram ofegantes, mas aliviados, pois sabiam que a criatura não podia pegá-los lá. Os dois se abraçam e vão embora da cidade, sem levar nada, pois não queriam chegar perto daquela casa novamente. Começaram a andar, mas passaram o tempo todo questionando a própria sanidade. Continuaram andando, sempre de mãos dadas, mas sem um rumo. Depois desse dia, nunca mais foram vistos. 

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